Evite assaltos em alto-mar

Voadeiros. Assim são conhecidos os pequenos barcos que têm sido utilizados por piratas para se aproximarem de lanchas ou veleiros atracados na costa brasileira. Com seus potentes motores desligados, eles fazem uso do remo para surpreender as vítimas. Foi assim na madrugada de 22 de janeiro, em Paraty, no sul fluminense, em episódio que vem sendo seguido de perto pelo Portal Náutico. Naquela noite, um médico paulista foi assaltado e espancado, e permaneceu em poder da quadrilha de assaltantes por mais de duas horas.

A exemplo de tantos outros, o fato poderia ter passado batido. Não passou porque a vítima decidiu registrar um boletim de ocorrência na polícia local, abrindo caminho para que pessoas que também sofreram ataques semelhantes no passado procurassem as autoridades. A partir desse movimento, foi possível construir um mapa mostrando as principais zonas de incidência de ação dos bandidos até aqui. As imediações de Paraty e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e de Ubatuba, Bertioga e Guarujá, em São Paulo, são as áreas que representam maior perigo para os donos de barco.

Não chega a ser uma novidade para os donos de embarcação. É novidade para boa parte das autoridades, que, até então, só tinha conhecimento desses fatos a partir de relatos de guias turísticos ou mesmo das próprias vítimas, que, temendo uma possível vingança, não prestavam queixa, dificultando, assim, as investigações da polícia. O momento é outro e favorável aos velejadores. Ainda assim, proteja-se. A capitania dos portos explica o que pode ser feito para evitar assaltos no mar.

1) Não deixar o barco ancorado em local ermo,

2) Se for dormir na embarcação, procurar pernoitar numa marinha ou ao lado de um grupo de barcos,

3) Deixar sempre um tripulante de vigília,

4) Evitar ficar parado no mesmo local por muito tempo,

5) Evitar dar informações a estranhos ou divulgar em mídias sociais o destino do passeio

6) Procurar manter contato com embarcações que estejam próximas e avisar a polícia se notar algum passeio de bote suspeito nas próximidades. A estratégia de assalto dos piratas passa por mapear o ambiente e programar o ataque