Dolphin 460 - ao seu gosto
Por ano, são 12 modelos fabricados. Quase todos com um só destino: o exterior. Num país em que a preferência daqueles que ousam desafiar o mar ainda se dá por monocascos, os multicascos tentam achar seu espaço. Nesse grupo, se encontra o Dolphin 460, um catamarã de qualidade reconhecida em águas internacionais, mas que ainda luta para desbravar um mercado nacional viciado.
A tarefa não é fácil. Contra o avanço desses tipos de barco, pesam a tradição e a falta de ousadia dos compradores brasileiros. Algo criticado por aqueles que tentam remar contra a corrente e acabaram se deparando com tal realidade.
Dono da Dolphin Catamaran, Jr. Pimenta é um desses. Sabedor das dificuldades que existem no País, optou pela instalação do estaleiro em Aracaju, capital de Sergipe, como modo de facilitar, dentre outras coisas, a exportação de sua produção - 90% dela é enviada para outros mares.
É de lá também que sai o Dolphin 460 - já navegando, como quase todos os outros pares -, uma evolução do modelo 430, por assim dizer. "Numa comparação entre os dois, pode-se afirmar que basicamente a popa ficou mais longa, aumentando a linha de água e proporcionando maior conforto e performance ao barco. Depois, com o tempo, foram sendo feitas algumas mudanças internas também", pontua Pimenta.
Como ressaltado na explicação, é uma maneira sucinta de se olhar para a embarcação. Há muito mais a ser observado nesse catamarã. Um dos detalhes que mais chama a atenção nele é o número de alternativas dispostas para o comprador forjá-lo ao seu gosto. Ou melhor dizendo, interrompe Pimenta, a possibilidade de grande customização que é oferecida aos clientes.
"Na verdade, eu não diria o número de alternativas, mas, sim, a possibilidade de grande customização, coisa que nenhum estaleiro de barco deste porte permite. É possível personalizá-los bastante. Deixando de lado outros fatores a se destacar, eu diria que esse é o maior diferencial da Dolphin", analisa.
É algo que fica claro na estratégia de mercado adotada pela empresa. Em evento realizado nos Estados Unidos, a Multihull Company, parceria internacional da Dolphin Catamaran, se fez valer de placas colocadas em lugares específicos para fisgar a atenção de possíveis compradores com a seguinte pergunta: "o que você faria com esse espaço?".
Mas o 460 oferece ainda mais para os seus compradores. Com preço estimado em R$ 1.400.000,00, ele preza sobretudo pela qualidade de seu acabamento - feito em fibra de vidro, num processo que leva até 20 mil de horas de trabalho conjunto para ser finalizado e que fala bastante a respeito da filosofia da Dolphin. Para se ter uma ideia, outras embarcações desse porte chegam a custar 15 mil horas a menos para ficarem prontas.
Com espaço de sobra para o deleite de seus usuários (que incluem até quatro suítes, banheiros, cozinha, além de outras dependências), o Dolphin 460 pode atingir a velocidade de quase 10 nós. É a combinação perfeita, nas palavras de Jr. Pimenta.
"Apesar de ser um barco de cruzeiro, que prima pelo conforto e qualidade, a performance não foi deixada de lado. É um dos barcos mais rápidos do mundo em sua categoria", explica.