Um superiate dos deuses
Na mitologia egípcia, Ra é a principal divindade. O Deus do Sol, a quem todos os demais se curvam. Entre as suas características, está a criatividade e a capacidade que apresenta para enfrentar situações difíceis e superá-las. Nenhum desafio é capaz de intimidá-lo.
Mais ou menos como ocorre com um tal de Adam Voorhees. Não, esse designer formado na Califórnia, nos Estados Unidos, não é um deus. Passa longe disso. Mas não é exagero dizer que há quem o veja dessa maneira no meio. Admiram a sua criatividade, tal como acontece com Ra. As coincidências não param por aí. Voorhees foi eleito o designer jovem do ano recentemente. Por qual obra? Por Ra.
Sim, o americano batizou assim o seu último projeto. É um superiate de 66m que tem como proposta a mais perfeita interação com a vida marinha. Tudo isso sem esquecer o luxo e o conforto do qual seus compradores jamais abririam mão. Algo que só alguém muito criativo como Voorhees poderia pensar.
É uma embarcação "verde", preocupada com a poluição no oceano e que, por isso, foi imaginada para navegar à base de diesel e propulsão elétrica. Os futuros donos do iate agradecem. Poderão usufruir de uma experiência leve e silenciosa. Nesse sentido, pesa também o design único de Ra, que inclui uma grande quilha que, além de diminuir o atrito com o mar e favorecer a estabilidade, contribui para a economia de combustível.
Sustentabilidade é um dos conceitos que rege Voorhees. Com essa ideia na cabeça, o jovem projetista lançou mão ainda da energia solar. Uma forma de estabelecer outra ligação com Ra? Bom, não é bem assim, o Deus egípcio pode até se achar o centro do universo, mas, nesse caso, a ideia não se justifica. Adam recorreu a esse recurso tendo em mente as operações internas, a cereja do bolo, vamos dizer assim.
Ra não é um superiate como outro qualquer, está claro. Ele não tem a quantidade de decks que os demais possuem, por exemplo. Isso poderia ser um problema, não poderia? Poderia. Não fosse por sua preocupação com a transformação de espaços. Localizado abaixo dos cinco quartos de hóspedes, o deck principal, a princípio, não impressiona muito. Basta, no entanto, um simples comando para que isso mude e, à sua abertura, a impressão inicial se perca.
Uma grande área de lazer é, então, revelada, apresentando uma piscina e metros e mais metros de superfície que prezam, sobretudo, pela interação com o sol. Satisfeita com o bronzeado, a pessoa pode se retirar para um dos quartos elevados e usufruir da vista panorâmica que Ra proporciona. A fim ainda de relaxar ou dar uma escapada dali? O spa, a academia e o heliponto devem ajudar.
Nenhum Deus egípcio haverá de contestar. É a embarcação sonhada desde sempre por eles para navegar pelo Canal de Suez.